Aproveitando o frenesi causado pelo filme “The Avengers”, por que não jogar um RPG ambientando no mundo de heróis da Marvel? E se você ainda não sabia que o roleplaying já tinha chegado no mundo dos heróis, dá uma olhada nisso: Marvel Heroic Roleplaying!
Marvel Heroic Roleplying (2011) da Margaret Weit Productions ( Supernatural Roleplaying, Leverage Roleplaying e Dragonlance) é uma revisita à dois títulos anteriores da franquia de histórias em quadrinhos para jogos de narração. O primeiro é o old school Marvel Super Heroes Roleplayng (1984) da TSR (que publicava o AD&D antes de ser comprada pela Wizards of the Coast) que engatinhou junto com uma onda de RPG’s de super heróis como o aclamado Champions (1981) da Hero Games, Villains and Vigilantes (1979), por Jeff Dee e Jack Herman, publicado pela Fantasy Games Unlimited (FGU) com uma segunda edição em 82 e Teenage Mutant Ninja Turtles de 85 da Palladium Games.
Villains and Vigilantes (1979), por Jeff Dee Marvel Super Heroes (1984) da TSR foi a primeira
e Jack Herman, publicado pela Fantasy tentativa da editora de HQ's de emplacar um RPG
Games Unlimited (FGU) baseado nas suas hitórias.
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Champions (1981) foi o RPG de super's
de maior sucesso, dominando o mercado no final
dos anos 80, da segunda metade dos anos 90 até o
começo dos anos 2000.
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No final dos anos noventa os jogos da licença Marvel foram relançados em pequenos gargalos , sem, no entanto, conseguir muito sucesso. Em 97 a TSR lançou o Marvel Super Dice baseado no sistema Dragon Dice, mas logo foi cancelado devido à compra da companhia pela Wizards. Mas um ano depois o título é lançado agora pela nova dona da antiga TSR, Marvel Superheroes Adventures Game (1998), jogo construído no sistema SAGA, mas que não durou muito pelo sucesso do sistema D20.
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Marvel Universe Roleplaying (2003)
não durou muito por causa da febre
do sistema d20
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[RESENHA]
Finalmente, a Margaret Weit lança no ano passado o mais promissor de todos, o Marvel Heroic Roleplaying, usando o sistema Cortex Plus da própria Weit. O sistema é bem genérico e pode ser adaptado pelo mestre – no caso específico desse jogo o “ The Watcher”, O Vigilante. Outra característica desse RPG é o fato do seu sistema privilegiar o storyteller, as regras são bem flexíveis e adaptáveis, não recomendado para aficionados por GURPS ou D20 .
Nele você não encontrará tabelas fixas e nem conseguirá números exatos para medir se esse personagem é ou não mais forte que esse Pdm. Não é como o D&D, onde você consulta a tabela de dureza de uma porta de ferro e compara seu ataque, no MHR a coisa é mais dinâmica e construída pelo mestre e pelos jogadores, quem já conhece e é familiarizado com Vampiro (distribuído pela Jambô Editora) e afins vai gostar muito, apesar do sistema não ser nada familiar à esse título.
Finalmente, a Margaret Weit lança no ano passado o mais promissor de todos, o Marvel Heroic Roleplaying, usando o sistema Cortex Plus da própria Weit. O sistema é bem genérico e pode ser adaptado pelo mestre – no caso específico desse jogo o “ The Watcher”, O Vigilante. Outra característica desse RPG é o fato do seu sistema privilegiar o storyteller, as regras são bem flexíveis e adaptáveis, não recomendado para aficionados por GURPS ou D20 .
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Marvel Heroic Roleplaying lançado no ano passado pode ser 'o novo Champions' se a febre de super heróis continuar |
Herdeiro da arquitetura SAGA, o MHR se joga com o gerenciamento de recursos, os Plot Points e os Doon Pool’s. Que são ajudas genéricas que podem ser adicionadas in game e serem usadas para praticamente qualquer coisa, desde melhorar as jogadas do seu personagem como para atrapalhar o seu inimigo. Destravar habilidades especiais e muito mais coisas que conseguirem pensar.
Outra diferença significativa nesse jogo são os Power Sets, que são, grosso modo, as habilidades especiais, ou poderes, dos super heróis. As Especialidades são o que poderíamos chamar de perícias e seus graus de habilidade, como expert (d8) ou master (d10). O sistema também não tem ‘penalidades’, pelo menos não como conhecemos. Aqui as penalidades ou ‘bônus’ são o uso de dados com mais ou menos faces.
De certa forma, o sistema do jogo se baseia em conseguir dados extras, ou com mais faces, e não ter o azar de sua pilha de dados for trocada por um dado com menos faces, o que força um Pj a gastar o seu Plot Point para melhorar sua jogada ou ativar uma habilidade. Isso ao mesmo tempo que deixa a partida com um combate rápido - já que tudo que se tem a fazer é comparar a pilha de dados do jogador com a do 'Watcher' - faz também a proeza de não impedir que certas jogadas se tornem inverossímeis demais se os personagens combarem os Plot Points de forma correta, como se o Capitão América conseguisse dar um soco no Hulk e ele cair desmaiado - sim, no Marvel Heroic dependendo das condições isso é possível.
Como o jogo é direcionado a um história, ao contrário da maioria dos RPG’s de Sword and Sorcery que são baseados em encontros, o MHR já vem com uma história baseada na saga Brakout (Motin, no Brasil, distribuída pela Panini) do The New Avengers, escrita por Michael Bendis – o mesmo de Guera Civil - e tinta de David Finch. E para esse ano serão lançados os suplementos da Guerra Civil, Aniquilação e A Era do Apocalipse.